Quero-te toda assim,
abandonada em meus braços,
louca, embriagada.
Sobre meu peito entregue,
possuída, em corpo, espírito, na própria vida.
Quero-te assim gemendo qual bacante.
que se entrega inteira ao fogo do amante,
que nas chamas do amor e em desvario,
beija, morde, arranha, suplica em delírio.
Quero-te assim, cabelos desgrenhados.
mancha escura em coxins molhados,
pelo suor que emana de teus seios,
altar sagrado dos mais ricos veios.
Quero-te assim nas horas de doçura,
em medrosas carícias,
toda pura afagando cabelos despenteados
como a mãe ao filho, entre cuidados.
Quero-te assim,
irmã tão carinhosa que ao louco irmão aconselha,
temerosa por sua vida do mundo desgarrada,
que a preocupa e faz desesperada.
Quero-te toda assim,
fêmea, mulher, sendo só minha,
mostrando que me quer.
Quero-te assim,
mistura de mulheres, mãe, amiga, amante,
o que quiseres ser – e pelo que és – te quero tanto.
Pois se resumes tudo aquilo
que sonhei em dias de angustias e temores,
eu sei que te quero enfim,
pois és a vida que quero
e junto a ti eu estarei...♪♫
Victor Motta
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